quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Dia lindo para...


Todo sonho tem uma explicação plausível, pelo menos é o que eu acho. Todo dia algo ou alguém nos marca, nos deixam um vestígio no nosso subconsciente.

Estava tudo preparado, paletó, calça preta, sapatos lustrados. Fui para o banho e coloquei como de costume uma música  agitada para fazer de trilha o show a parte que faria. Ao som de David Guetta "Bad" tomei meu banho sem pressa sentindo a água morna caindo sobre minha cara.

Peguei a toalha e sai do banho, barba aparada, dentes escovados, fui até a cama e me vesti estava lindo de Smoking. Sai do quarto e logo avistei todos me esperando, Rafael e Felipe estavam sorridentes, diziam esse é um grande dia. Talvez seja mesmo, todos de terno e animados.

Fui para a frente da casa e vi meu irmão dentro do carro e me levou em frente de uma igreja grande, e lotada de pessoas desconhecidas. Ainda não entendi o que eu era, um padrinho?, um amigo estava casando? Não, eu era o noivo, e fui posto na entrada da igreja para dar inicio da cerimônia.

Sabe aquela batedeira no coração de saber que você se arrumou todo sem saber que era pro seu próprio casamento e o pior não sei nem quem será a (o) louca (a) que vai casar comigo. Foi os passos mais desesperadores ate chegar no altar, cumprimentei o padre, vi meus pais parados próximos à  mim. Olhando fixamente para a porta, a espera me deixava agoniado, a musica se inicia.

Fui acordando...

Tan tan taram tan tan taram...

Fui acordando...

Uma linda noiva de branco aparece, pele branca, cabelos pretos. Não conseguia ver o rosto ainda, mas sentia algo por dentro.

Fui acordando...

Um passo de cada vez, no ritmo da musica ela foi vindo em minha direção, até que chega ate mim e eu posso tirar o véu do seu rosto e....

-Carly!

Acordei.

By: Kodah

Ps: link da música citada lá em cima
https://www.youtube.com/watch?v=oC-GflRB0y4

Meu mundo diferente, especial


O sonho é uma ferramenta tão extraordinária para se viajar, delirar, teletransportar para outro universo, paralelo talvez.

Sentado em um trem com o destino a uma viagem incrível, pena não saber ao certo qual seria minha parada. Uma mulher, loira, corpulenta, com uma aparência de jovem, estava do meu lado lendo uma revista de novelas enquanto estávamos na estrada.

Olhando pelo vidro do trem via as arvores, montanhas, casebres, tudo no seu devido lugar, espaço. Suas colorações que eram diferentes, a cada conjunto de montanhas as arvores mudavam de espécie, as casas tinham adereços únicos e diferentes das outras que vi anteriormente, as montanhas tinham um pigmentação estranha, como se alguém tivesse propositalmente tingidas de uma única cor em cada moro. Achei estranho mas lindo, tudo se encaixava, deixando a paisagem uniforme.

No meu colo tinha uma máquina fotográfica, uma Polaroide (uma máquina antiga que tirava fotos instantâneas), e comecei a fazer algumas fotos da linda paisagem que passava tão rápido por mim. Decidi andar pelo trem procurando coisas, objetos, pessoas em que pudesse tirar uma foto, ou talvez pudesse interagir fazendo minha viagem mais prazerosa e divertida. Andando entre as cabines do trem, vou observando pessoas vestidas de formas diferentes em cada espaço. Uma grupo de senhoras vestidas como camponesas todas de vermelho, conversavam baixinho enquanto faziam uma flanela de retalhos. Logo após, velhos senhores, todos de casacos na cor marrom escuro, lendo seus jornais e num silencio mórbido. Uma cabine, duas cabines, três, e assim fui olhando para pessoas distintas e uniformizadas por cores.

Notei que minhas roupas eram diferentes, não havia uniformidade, era colorida, e um sobretudo cinza por cima, pois estava frio. Me senti um intruso, como podia em tamanha uniformidade em um trem, na natureza e eu com várias cores? Voltei para a minha cabine e a mulher meio corpulenta não estava mais lá. Fiquei sozinho, lembrei que ela vestia um cinza, tão igual ao meu sobretudo, mas ela só possuía o cinza e nada mais.

Enquanto essa dúvida me torturava, olhava o trem parando em cada estação, a estação com cor verde saiam apenas os que tinham aquela cor, estação rosa, estação branca, estação amarelo, e assim fui olhando todos saindo e eu ficando mais e mais sozinho.

No medo que não houvesse mais ninguém no trem, fui procurando alguém que iria descer na mesma estação que eu, talvez existisse uma estação colorida. As cabines do vagão que eu estava todos já tinham saído. Pulei para o outro vagão, e continuei procurando, agora mais rápido, quase correndo, olhando de um lado ao outro, procurando uma esperança de não ser o único ali.

De vagão em vagão, fui atravessando o trem inteiro até chegar no ultimo, era minha esperança que aquela ainda tivesse pessoas e que fossem vestidas que nem eu. Entrei, meu coração aumentava o ritmo em cada passo dado em direção as cabines. A primeira nada, a segunda nada, a terceira (ufah) tinha gente, eram os de preto, fiquei aliviado por saber que ainda tinha pessoas mas não eram que nem eu. Entrei mesmo assim na cabine e perguntei alto,  - Alguém sabe porque eu sou assim? Colorido, diferente, e não encontro pessoas como eu nesse trem?

Fui acordando...

Uma mulher sentada de frente para mim se levanta e com um lindo sorriso pede pra eu sentar ao lado dela. Com a mão no meu rosto ela começa a falar. - Meu querido, há muito tempo existe uma divisão de cores no mundo, mas algumas pessoas se apaixonaram quando estiveram nesse trem, e conseguiram fugir para um lugar lindo cheio de cores diferentes e sem regras. Lá eles tiveram filhos que nasceram diferentes, coloridos, alegres assim como você.

Fui acordando...

Assustado e emocionado com que ela dizia perguntei: - Mas por que estou sozinho aqui? Ela se levanta e caminha para fora da cabine e me pedi para segui-la. Fomos andando até a ultima cabine, e lá aparece uma mulher de vestido grande, todo colorido e andando na nossa direção.

Fui acordando...

Olhando mais de perto fui reconhecendo aquele rosto, me era familiar, família..

- MÃEEE!!!

Acordei.


By: Kodah.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Olhos oblíquos e dissimulados


Quem diria em dois sonhos seguidos sonhar com um amor, ou uma vontade de ter aquela paixão sabe?

Ouço barulhos de ventos passando pelas frestas da janela, estou ali sentado de costas e ela praticando o tão bom e velho hábito de ler. Uma obra linda Capitu, a única coisa que vem em mente era aquela frase que tanto gosto "olhos de cigana oblíqua e dissimulada". Parei ali e diante de mim um jovem se aproxima, moreno claro, baixo, cabelo curto, sorridente. Os olhos, ah os olhos, lindos e dissimulados que nem os de Capitu, fitava-me em olhares penetrantes e profundos que me paralisava e deixava inquieto.

Não consegui mais ler o livro, o deixei na mesa e fui lentamente na direção do rapaz. A cada passo dado ele se afastava um pouco, um jogo de gato e rato se inicia, ele me guiava entre portas e corredores de um castelo medieval, um tanto quanto parecido a filmes jovens (estilo Harry Potter). A cada corredor ele olhava para trás se assegurando que eu ainda continuava a segui-lo e ainda estava sendo mantido naquele jogo.

Chagamos, não sei ao certo, mas ele parou e encostou na parede e olhando para mim como se fosse um convite para eu me aproximar. Um lugar deserto, meio a raios de luz que vazavam pelas frestas das janelas de madeira. Fui chegando, um passo de cada vez, agora eu era quem ditava o jogo. Fiquei cara a cara com ele, olhos fixos, olhos com olhos, e então um sorriso.

Fui acordando...

Minhas mãos tremulas, passavam pela sua pele, agarrando sua mão.

Fui acordando...

Meus olhos foram fechando e me aproximando dos teus lábios.

Fui acordando...

Meus lábios tocam lentamente o seu...

Acordei.


By: Kodah

Entre uma ou duas viradas na cama


Tem dias que acordamos e mal damos conta o que sonhamos e se é que sonhamos. Nossa rotina nos engole numa profunda e automática monótona que mal percebemos o que fazemos e porque fazemos.

Meu sonho foi o mais maluco de todos, um conjunto de sonhos e entre eles uma virada de lado na cama.

Foi que andando pela escola, um lugar cheio de grama, arvores e claro pessoas. Avistei um rapaz muito bonito, magro, pele clara, cabelos desajeitados, de uniforme. Fui até ele e como já me reconhecesse veio conversando falando sobre a aula de biologia, fomos andando até a sala de aula.
Estava com uma sensação que aquele menino fosse um crush, namorado, um ficante... Pois estava muito ligados um no outro, olhos fixos, uma paz e doçura nas falas.

Entramos na sala, fomos logo para as ultimas carteiras até que um garoto sentado me segura pela mão e diz que precisava falar comigo algo sério, não exitei e fui logo sentando atrás dele. Quando ele foi falar o que se tratava a professora me chamou a atenção para ficar quieto..

Foi então que virei de lado na cama...
(E não vou saber o que raios aquele menino quer comigo)

Andando novamente pela escola, encontrei várias pessoas correndo em direção as tubulações de água, fui como um bom curioso ver o que acontecia. Um menino, (o mesmo menino do sonho anterior) chegou até a mim dizendo que apenas eu conseguiria passar pelo portal e parar com a vazamento.

Andando em direção ao portal, saltei sem demora e me deparei em uma casa em ruínas, um gordo enorme com uma espécie de taco de madeira daqueles de homens da caverna, vigiava o lugar. Ao me ver procurando algo que parasse a água ele correu atrás de mim furioso e urrando.

Correndo pelos corredores da casa saltei na primeira janela e me escondi. Sentei no chão e fiquei ouvindo barulhos de  água em canos, fui rastejando até o local, o barulho era mais alto e forte.
Lentamente, fechei o registro e a água cessou, o gordo não estava próximo etão decidi voltar correndo para o portal que eu sai.

Na ansiedade e voltar, fui tropeçando pelo caminho fazendo barulho, o gordo logo veio na minha direção quando consegui pular para o portal e gritar - Fecha a porta!

 Acordei.

Bom, como dizem os sonhos não tem lógica e nem hora para acabar.

By: Kodah.